sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Coimbra, Caricatura, Plaquetes da Queima - algumas notas

"Eu não sou assim!", diz ela. Se a caricaturada está a referir-se à caricatura, o meu comentário é este: esta estudante é assim, num preciso momento (passado), segundo o olhar e a interpretação do caricaturista. Minutos depois, o mesmo autor produziria uma caricatura seguramente diferente. É sempre assim, trate-se de Caricatura de Coimbra ou outra qualquer.É este aspecto transitório, momentâneo, mutável segundo a segundo, que distingue a caricatura do retrato (que pode demorar semanas, com demoradas sessões de pose do retratado). Ao contrário, a caricatura é instantânea e instintiva. Particularmente a Caricatura das plaquetes de Coimbra (para a Queima das Fitas), prima nessa instantaniedade.

Confesso: isto de desenhar guitarras sem cordas, é um tique meu. Provavelmente é a minha frustração de nulidade musical (que sou) a vir ao de cima...


Além disso, a vida de estudante de Coimbra é irreverente. E, desenhar na plaquete uma guitarra sem cordas, tem o seu quê de irreverência...

Este caricaturado (natural de Coimbra) faz questão de afirmar que não é coimbrinha... Creio que está por fazer a compilação do léxico específico lusa-ateniense, do qual teriam de constar adjecticos como Coimbrinha, Coimbrão, Coimbrense, Conimbricense, Futrica, Japão, Puto, Doutor, Grego, Cabra, etc, etc, etc.


Ainda falando de irreverência e guitarras sem cordas: A música de Coimbra é uma instituição muito séria com a qual não me apetece brincar, nem sequer desenhando uma guitarra coimbrã sem cordas, nem mesmo no âmbito descotraído de uma plaquete da Queima das Fitas.

Nas plaquetes da Queima de Coimbra há umas caricaturas que surgem mais eficazes do que outras, mas muitas vezes o mérito é do caricaturado... não é do caricaturista...

...por vezes, lá tenho de dissimular uma ou outra expressão mais vernácula (esta vem de Vale de Câmbra... léxico do Norte...). Não é por nada, mas estas caricaturas vão ser apreciadas por avós comedidas, tias púdicas, filhos futuros... Uma plaquete vai ser desfolhada daqui por um ano, dez, cinquenta...

Aqui, tive de "aviar" nada menos do que meia dúzia de logotipos (antigamente chamavam-se emblemas...). Aposto que, dentre todas as caricaturas do conjunto das plaquetes de toda a Queima das Fitas, esta sobe ao podium das caricaturas com maior quantidade de logos...


Um "fenómeno" relativamente recente entre os quartanistas de Coimbra, é a inclusão, na plaquete da Queima, de um clube "estrangeiro" ao lado do da Académica. Dois amores......sorrisos expressivos e individualizadores como este, qualquer dia já não há! Culpa dos aparelhos dentários, que andam a tornar as pessoas "todas iguais"!


É grandea quantidade de estudantes quartanistas que optam pelos aparelhos. Uns querem que eles apareçam na caricatura da plaquete, outros posam de boca fechada...

De um momento para o outro, suprimi os computadores de secretária das caricaturas das plaquetes. É certo que um "velho" computador com monitor tipo TV confere muito mais "cenografia" à plaquete da queima do que um portátil, mas a verdade é que, quase sem darmos por isso, eles desapareceram de cena! E uma caricatura (mesmo uma caricatura de quartanista de Coimbra) é em certa medida a crónica gráfica do tempo em que decorre cada Queima das Fitas.
Um exemplo de que um(a) Estudante de Coimbra pode ser benfiquista.

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